“Aquele a quem os fados concederam
um amigo na vida, o que achou de uma doce companheira
a sombra apetecida,
venha conosco, em júbilo cantar.”
(Friedrich von Schiller, Ode à Alegria. Traduzido por Tasso da Silveira)
um amigo na vida, o que achou de uma doce companheira
a sombra apetecida,
venha conosco, em júbilo cantar.”
(Friedrich von Schiller, Ode à Alegria. Traduzido por Tasso da Silveira)
Eu escuto música erudita desde a minha adolescência. Naquela
época, a televisão da minha casa captava acidentalmente o sinal da TV Senado,
que transmitia um programa chamado Quem tem Medo da Música Clássica?, e foi
esse programa que me ensinou a gostar de tal estilo musical. Talvez por causa
disso meus filmes preferidos são aqueles que têm alguma relação com a música
erudita, como o que pretendo comentar aqui.
Minha Amada Imortal (Immortal Beloved) é um filme de
1994, escrito e dirigido por Bernard Rose. Nele, após a morte de Ludwig Van
Beethoven (Gary Oldman), Anton Felix Schindler (Jeroen Krabbé), seu melhor
amigo e secretário pessoal, assume a tarefa de encontrar aquela que era o amor
da vida do grande compositor, pessoa para quem este legou todos os seus bens e
as suas músicas. Porém, o nome da amada de Beethoven não aparecia em nenhuma
das correspondências trocadas entre ela e o compositor, nem mesmo foi citado no
testamento de Beethoven, o que levou Schindler a uma verdadeira investigação
para encontrá-la.
Enquanto Schindler prossegue em sua missão, a biografia de
Beethoven é contata de forma retrospectiva. Deste modo, ficamos sabendo da
impetuosidade do gênio, de seus tumultuados romances, do ostracismo a que ele
acabou se impondo devido à surdez – que inclusive o impediu de ouvir os
aplausos recebidos após a estreia de sua obra prima –, do amor dedicado por ele
a seu sobrinho Karl Van Beethoven (Marco Hofscheider), e das surras que ele
recebia quando criança, devido às vezes em que, por causa da timidez, não
conseguia tocar quando era exibido por seu pai como uma criança prodígio.
Minha Amada Imortal é um dos melhores filmes a que já
assisti. Não digo isso somente porque ele trata de música clássica, mas também
porque ele aborda a vida de um de meus compositores preferidos e mostra o
contexto em que foi escrita aquela que, para mim, é a melhor música de todos os
tempos: a Nona Sinfonia de Beethoven. Não darei muitos detalhes para não tirar
a graça de quem se interessar em assistir a essa obra de arte. Direi apenas que
eu nunca imaginei que a sinfonia denominada Ode à Alegria tinha sido composta
em um momento tão adverso, no qual Beethoven estava vivendo algo totalmente
oposto daquilo que é cantado pelo coro em sua obra capital. Se não me engano,
esse foi o único filme que me levou às lagrimas, e recomendo-o a todos aqueles
que tenham a oportunidade de vê-lo.
Fiquei com muito vontade de assistir Roberto! Vou procurar para baixar! Ótimo texto!!!
ResponderExcluirAlana
Alana, eu o vi no Netflix. Talvez você encontre no Netmovies também ;-)
ExcluirNossa! Adorei o texto!! O filme ta com cara de bom msm rs
ResponderExcluirvou assistir ;-)